terça-feira, 16 de agosto de 2016

O passe ao longo dos séculos


A transfusão de energias fisiopsíquicas, o passe ou a imposição de mãos, vem sendo aplicada ao longo de milênios para aliviar, confortar, consolar e curar. Os testemunhos mais impressionantes e inigualáveis foram os de Jesus quando curou doentes, cegos e leprosos há mais de dois mil anos.

Antes do Cristo, o Velho Testamento registra em Deuteronômio (34:9):

Ora, Josué, filho de Num, estava cheio do espírito de sabedoria, porque Moisés tinha imposto as suas mãos sobre ele. De modo que os filhos de Israel lhe obedeceram e fizeram o que o Senhor tinha ordenado a Moisés.

No Novo Testamento, dentre os inúmeros fatos relatados, ressaltamos Mateus (8:1 a 3):

Depois que desceu do monte, muitas turbas o seguiram. Eis que um leproso, aproximando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me.

E Jesus estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; seja purificado! E imediatamente sua lepra foi purificada.

Na Idade Média, Paracelso – Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, (1493-1541) – médico, alquimista, físico, astrólogo e ocultista suíço-alemão, já difundia o poder e os benefícios do magnetismo. Mais tarde, Franz Anton Mesmer (1733-1815) destacou-se pelos estudos, divulgação e aplicação do magnetismo animal. Seus ensinos passaram à posteridade com o nome de mesmerismo.

No período contemporâneo, após 1879, Joseph Banks Rhine (1895-1980), parapsicólogo estadunidense, demonstrou com seus estudos e experiências acadêmicas que a mente pode agir sobre a matéria  modificando-a e, inclusive, produzindo efeitos curativos.

No entanto, a Doutrina Espírita, o Evangelho de volta pela segunda vez, desde sua codificação, em 1857, estuda, explica e utiliza os fluidos magnético-espirituais como instrumento de auxílio espiritual, esclarecendo que o processo de cura envolve ações mais complexas, algumas relacionadas à lei de causa e efeito e outras à capacidade do enfermo em se beneficiar desses fluidos. Ensina, também, que a doença é sempre o reflexo de certas ações cometidas pelo Espírito nas inúmeras reencarnações e esclarece, ainda, que as enfermidades deixarão de existir quando o Espírito estiver curado.

Desse modo, instrui-nos Emmanuel:

Consagra-te à própria cura, mas não esqueças a pregação do reino divino aos teus órgãos. Eles são vivos e educáveis.

Sem que teu pensamento se purifique e sem que a tua vontade comande o barco do organismo para o bem, a intervenção dos remédios humanos não passará de medida em trânsito para a inutilidade.1

REFERÊNCIA:

1XAVIER, Francisco C. Segue-me. Pelo Espírito Emmanuel. Editora O CLARIM. cap. A cura própria.

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